Biografia Raul Seixas Raulzito




Quando em qualquer show alguém grita “toca Raul!” não é por qualquer motivo! O nome de Raul Santos Seixas não foi apagado dos anais da história fonográfica do Brasil nem mesmo após sua morte. Nascido em Salvador em 28 de junho de 1945 filho de um engenheiro chamado Raul Varella Seixas e da dona de casa Maria Eugênia Santos Seixas o cantor era de família classe média. Desde pequeno o cantor manifesta uma personalidade difícil, forte, porém, genial. Além de cantor Raul Seixas era produtor, compositor, músico e versátil artista que mantinha um gosto exótico e diferenciado pelo conhecimento de forma alternativa.

Desde pequeno odiado convenções e, talvez, por isso amava ler os livros, sobretudo, de filosofia que haviam em sua casa, mas odiava a escola, sendo reprovado várias vezes. Quanto estava na fase de adolescente já mantinha uma paixão pelo rock e conhecia de Elvis a Pink Floyd. Na juventude Raul que já tocava violão e cantava conheceu um grupo de amigos que queriam promover o clube do rock em Salvador e com eles criou o Club dos Cigarros onde se vestiam como roqueiros, promoviam badernas, fumavam e bebiam buscando uma espécie de liberdade cultural e musical. Foi nesta época que se apaixonou por Edith Wisner filha de um pastor protestante norte-americano. Devido o pai da garota não ver nele o perfil de estudante e rapaz capaz de namorá-la não permite. Em pouco tempo Raul faz curso supletivo, termina, faz curso pré-vestibular passa para Direito, Filosofia e Psicologia, tornando-se um homem culto em nome de um amor.

O Futuro do Hip Hop

FRANCISCO RAFAEL TEIXEIRA

O movimento: Cada vez mais o Hip Hop se expande dentro do quadro social e musical, no Brasil e no mundo. A abordagem crítica que certos artistas veem utilizando aos poucos, redireciona a música dentro do assunto principal de qualquer sociedade: A desigualdade. Nos EUA o artista Kendrick Lammar, ja colocou muita lenha na fogueira em algumas de suas músicas, abordando temas como racismo e abuso de autoridade, o que resultou nas ultimas semanas em intensas manifestações por todo o país. Um dos exemplos é a música “Damn“, single do seu ultimo lançamento que alem dos temas citados meche também com a igreja católica e chama U2 e Rihanna para “dar uma volta”.

As referências: O Hip Hop filho do Soul, neto do Jazz, sobrinho-neto do Funky e afilhado do Blues, surgiu de uma linhagem extremamente musical e contextual. A subcultura iniciada nos 70’s, trouxe a inclusão de um povo o qual estava cada vez mais sendo oprimido e esquecido na sociedade, por suas condições, sua cor e principalmente pela sua irreverência. Depois que os brancos norte-americanos conheceram e se introduziram, o Hip Hop nunca mais foi o mesmo.  Levando a cultura para o topo do entretenimento com Rapper’s como, Beastie Boys, Vanilla Ice e Eminem, o Hip Hop conseguiu quebrar – pelo ou menos por um breve instante – o preconceito e atingiu todas as classes e raças. Se tornando gradualmente um dos gêneros mais expressivos das ultimas décadas.

Forró que ganha força nacional

Gledson Rogério T. de Jesus

Nascido no século XIX, no sertão nordestino, o forró é uma dança popular praticada principalmente nas festas juninas. Atualmente sua popularidade é em todo o país, mas as regiões que mais exploram o ritmo são Nordeste e Norte do Brasil. O forró consagrou vários cantores nordestinos, entre eles Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda e Marinês. Artistas esses que ficaram conhecidos nacionalmente, por levarem através da música, a cultura nordestina aos quatros cantos do Brasil.

A generalização do forró:  A expressão forró surgiu do termo “forrobó”, que eram bailes populares pernambucanos, conhecidos por animar as pessoas tanto na dança, como na música. Na década de 1950, o forró se tornou fenômeno, com a gravação da música “Forró de Mané Vito”, de autoria de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. No início, a música de forró era tocada pelos seguintes instrumentos: triângulo, sanfona e zabumba. Mas na década de 1980, o ritmo foi modernizando e os tocadores passaram a utilizar também a bateria, guitarra e contrabaixo. O gênero do forró desencadeou vários estilos de dança tipicamente nordestinos, como o xote, baião, arrasta-pé e o xaxado. O forró é identificado como ritmo musical e de dança.

A modernização do forró: Pode-se considerar que o forró foi modernizado já nos anos 1970, quando os artistas passaram a utilizar novos instrumentos, principalmente com o uso da bateria. Os artistas que iniciaram a mudança foram o Trio Nordestino e Genival Lacerda. Mas na década de 1980, o forró tradicional mais conhecido como forró pé-de-serra, passou por uma crise, pois o ritmo musical estava saturado, então os artistas tiveram que se reinventar, desta forma as letras musicais deixaram de ter como foco a vida do sertanejo, e passaram a abordar músicas que atraíssem os jovens. A partir de então bandas como Matruz com Leite, Catuaba com Amendoim, Cavalo de Pau, entre outras, passaram a ter destaque no ritmo nordestino.

O funk como manifestação cultural

Hugo Daniel Prando

Com batida animada e letras que mostram o cotidiano de quem mora nos morros, nos últimos anos, o funk ganhou milhares de seguidores. O ritmo, criado pelos afroamericanos na década de 60, chegou às periferias brasileiras nos anos 80. Por retratar a realidade de grande parte dos brasileiros que são negros e pertencem a classe baixa, quem trabalha com o ritmo musical e quem o ouve são taxados como pessoas sem estudo e cultura.

O debate sobre a cultura do funk é fundamental. É possível, por exemplo, que ao receberem investimento, saúde e educação, os Mc’s passem a falar sobre isso em suas músicas. As letras atuais do funk retratam a realidade e abordam assuntos como violência, bebidas, sexo etc. São dessa maneira porque quem as escreveu vive (ou viveu) aquilo. No entanto, o preconceito que existe com o funk não existe com o rock, que em muitas músicas usa o lema “sexo, drogas e rock’n roll”.

O fato é que o momento pelo qual o funk passa agora é o mesmo que o samba passou anos atrás. Quando chegou ao Brasil, o samba não foi bem recebido pelas classes média e alta. Atualmente, assim como o funk, o samba tem um público diverso, atraindo pessoas de todas as classes sociais, cor e gênero.